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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sarandi: Saúde na UTI 3

Precariedade no atendimento

A falta de servidores, médicos, medicamentos e até de papel higiênico nas unidades básicas de saúde de Sarandi está deixando centenas de pacientes sem atendimento. Não tem remédios para pressão, pomada, xaropes e nem para uma simples gripe.

A situação é comum nas farmácias de quatro dos cinco postos de saúde visitados pela reportagem de O Diário. A limpeza das salas clínicas está comprometida e zeladoras improvisam a assepsia dos locais e dos instrumentos médicos com sabonete líquido. Falta iluminação em alguns espaços.

O PS do Jardim Independência, na Avenida Brasil, está com a Farmácia Básica fechada porque a única funcionária está de férias. Para conseguir marcar consulta, o paciente tem que aparecer nos primeiros dias do mês, caso contrário, só no mês seguinte talvez consiga agendar o atendimento.

Cerca de 240 pessoas aguardam diariamente desistência ou o não comparecimento de pacientes que agendaram a consulta na esperança de serem encaixadas. “A fila chega a dar volta na rua”, conta uma funcionária, que não quis se identificar temendo represálias. As agressões e xingamentos por parte dos doentes contra os poucos servidores existentes são constantes.

A limpeza no Independência, o que se repete em outros quatro postos, está comprometida. Não existe hipoclorito e amoníaco para eliminar bactérias nocivas a saúde de pacientes e servidores.

Falta desinfetante, sabão em pó, álcool 70 graus para limpeza básica dos recintos do posto. “Só tem sabonete líquido”, diz outra funcionária, ao explicar que instrumentos médicos, equipamentos, banheiros e pisos são lavados com o que é usado para lavar as mãos.

Um clínico geral atende 20 pessoas em média, às segundas, quartas e sextas-feiras no Independência. Um pediatra só às terças-feiras e quintas-feiras. Cerca de cem pessoas, que não conseguiram marcar consulta, aguardam na fila para serem atendidas por esses profissionais. Servidores contam que para dar conta da demanda seriam necessários três clínicos gerais. Por volta de 15h30 de ontem, não havia médico no posto para atender as consultas marcadas.

Fonte: O Diário

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