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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Criança se arrisca para estudar longe de casa

Gabriel Souza Santos poderia estar matriculado na 5ª série de uma escola estadual a poucos quarteirões de casa. Mas não há vagas e o menino precisa caminhar 4 quilômetros.

Para ir à escola, Gabriel precisa atravessar a Avenida Colombo, onde o movimento de veículos é intenso.

Para ir e voltar da escola, o estudante Gabriel Souza Santos, 10 anos, caminha quatro quilômetros. Ele está matriculado no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Sarandi, na região metropolitana de Maringá. A maior preocupação do pai, o corretor de imóveis Airton Souza Santos, 40, é que o filho tem que atravessar a Avenida Colombo, área urbana da rodovia BR-376. “Tenho muito medo de que aconteça algum acidente com ele”, afirma.

Não é por vontade da família que a criança estuda em um colégio tão distante de casa, no bairro Bom Pastor. Faltam vagas na instituição de ensino mais próxima. “O correto era que ele (Gabriel) estudasse no (Colégio Estadual) Helena Kolody, mas não há mais vagas para a 5ª série”, diz o pai. “Coloquei o nome dele em uma lista de espera, mas o diretor disse que dificilmente será possível fazer a transferência.”

O problema não está concentrado somente no Helena Kolody. Segundo a diretora do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Maringá, Adelaide Colombari, o crescimento da população do município criou um inchaço do número de alunos em relação às vagas nas instituições de ensino sob responsabilidade do governo estadual. Nesta lista também estão os colégios Cora Coralina, Jardim Independência e Parorama.

Neste último, por exemplo, o número de matriculados não condiz com o espaço físico. Por conta disso, dos 2.175 alunos, 215 não estudam na sede da instituição, mas em salas alugadas da Faculdade Unissa, também em Sarandi.

O problema da falta de vagas em colégios estaduais de Sarandi ainda deve levar algum tempo para se resolver. A diretora do NRE diz que o governador Roberto Requião (PMDB) já liberou a realização de licitação para a construção de 16 salas de aulas - metade no Helena Kolody e a outra no Cora Coralina.

Além disso, duas novas unidades de ensino serão construídas, uma no Parque Alvamar 2 e outra no Parque São Pedro. “As salas serão entregues este ano e as escolas nos próximos anos.”

Fonte: O Diário

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