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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Delegado de Sarandi reage à crítica de moradora e diz que polícia é eficiente

"Há anos que Sarandi se orgulha de ter 100% dos crimes contra a vida esclarecidos", assegura o delegado.

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O delegado José Maurício de Lima Filho, da Polícia Civil de Sarandi – região metropolitana de Maringá – contestou uma moradora do Conjunto Bela Vista que, em entrevista, disse a O Diário que a cidade "virou uma terra sem lei". Ela se referia à onda de homicídios e atentados a tiros registrados desde o início do ano em vários pontos da cidade.

“Sarandi tem lei, sim. Tem um Poder Judiciário e um Ministério Público eficientes e duas polícias (Civil e Militar) operantes e destemidas, que não medem esforços para enfrentar e esclarecer todo e qualquer crime que aconteça no município”, desabafou o delegado.

Para provar que a polícia está atenta a tudo que acontece em Sarandi, Lima frisou que 90% dos homicídios e das tentativas de homicídios já estão solucionados. Quanto ao restante (10%), os suspeitos estão identificados e serão intimados a prestar interrogatório nas próximas semanas. “Há anos que Sarandi se orgulha de ter 100% dos crimes contra a vida esclarecidos e agora não será diferente”, assegurou o delegado.

Ele ressalta que poucas cidades brasileiras e até do primeiro mundo possuem um índice de elucidação tão alto. “Veja a nossa cadeia; nunca esteve tão cheia. É uma prova de que a polícia trabalha”, concluiu ele.

A reportagem de O Diário verificou que além dos sete homicídios registrados neste ano, Sarandi já contabiliza 12 tentativas de homicídio. No mesmo período, Maringá – com população quatro vezes maior – soma sete homicídios e três tentativas de homicídio, conforme dados repassados pela Seção de Homicídios, Furtos e Roubos (SHFR) da 9ª Subdivisão Policial (SDP).

As duas mais recentes tentativas de homicídio registradas pela Polícia Militar de Sarandi aconteceram na noite de segunda-feira (22), em bairros distintos. As vítimas foram dois adolescentes de 16 e 17 anos de idade, baleados, respectivamente, na nuca (raspão) e perna e mão. Em ambos os casos, as vítimas disseram não ter visto os atiradores e que desconheciam os motivos dos crimes.

Segundo o superintendente da Delegacia de Sarandi, investigador Carlos de Oliveira, 50% dos crimes contra a vida envolvem adolescentes, que tem encontrado facilidade para adquirir armas e munições.
Fonte: O Diário

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