Silvia de Moura Guedes é catadora de recicláveis em Maringá. Tem 35 anos, mora com a mãe e um irmão no Residencial Aeroporto. Ano passado, junto com cerca de outras 30 pessoas, foi contratada pelo vereador Aparecido Domingos Regini (PP), atual presidente interino da Câmara Municipal de Maringá. Trabalhou dois meses como cabo eleitoral e recebeu R$ 250,00 por mês, R$ 500,00 no total. Ela, assim como os outros, entregou a Carteira de Trabalho para registro temporário, como determina a legislação eleitoral, mas não foi registrada; a CTPS foi devolvida intacta.
Como faz todos os anos, em 22 de outubro último Silvia foi receber o PIS/Pasep quando descobriu que não teria direito ao benefício, pois havia recebido além do permitido pela legislação (até dois salários mínimos mensais). Entre agosto e dezembro de 2008 ela foi funcionária da Câmara Municipal de Maringá, recebendo nesse período R$ 10.258,69. Detalhe: ela nunca assinou nada, nunca havia ido ao Legislativo e jamais recebeu um tostão do valor que a Câmara Municipal de Maringá declarou ao Dataprev. Ontem, Silvia procurou o suplente de vereador Negrão Sorriso (PP), que a orientou a denunciar o fato, o que foi feito na manhã de hoje ao promotor José Aparecido da Cruz, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Só para constar: hoje é o Dia Internacional contra a Corrupção.
Fonte: Angelo Rigon
Fonte: Angelo Rigon
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