A partir de hoje, 1º de agosto, o handebol obedecerá a novas regras no Brasil. Aprovadas pela Federação Internacional de Handebol (IHF), já entraram em vigor em outros países desde o dia 1º de julho e estão sendo aplicadas no Mundial Júnior Feminino de Handebol, disputado na Coreia do Sul até o final do mês.
As principais mudanças foram realizadas no artigo 8 (Faltas e condutas anti-desportivas) e dizem respeito a faltas violentas. De acordo com o diretor de arbitragem da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Sálvio Sedrez, responsável pela tradução para o português, as modificações permitirão que se proteja ainda mais a integridade física dos atletas. “Os árbitros terão mais clareza para aplicar uma punição”, acredita.
As mudanças mais significativas do novo código foram implantadas nas regras 8.3 a 8.10, e se referem aos critérios que deverão ser utilizados pelos árbitros para aplicar uma punição, aos quais foram adicionados “Critérios para a tomada de decisão”, para que se determine a sanção adequada. Claros e didáticos, listam o que deve ser considerado – como, por exemplo, por onde e contra que parte foi cometida a infração, a velocidade e o efeito da ação.
Pelo novo texto, há três níveis de sanções para as infrações mais severas: infrações que devem ser sancionadas com uma exclusão por 2 minutos imediata; que devem ser sancionadas com uma desqualificação; que devem ser sancionadas com uma desqualificação e onde se requer um relatório escrito.
Além disso, ajustes como inclusões e exclusões de textos e palavras melhorarão o entendimento das regras. Revisado pela Comissão de Árbitros e Treinadores da IHF, o código teve as modificações sugeridas aprovadas por uma comissão eleita pela entidade no Congresso da IHF, em junho, no Cairo (Egito).
Entre as alterações, a volta do termo “capitão” para designar um atleta que representa a equipe nos sorteios; a definição de uma nova “área do técnico”, que agora será limitada em 3,5 metros a partir da linha central e onde o treinador só poderá entrar para requisitar o tempo técnico; e a desqualificação “direta” do goleiro que, ao sair de sua área de gol, produzir qualquer tipo de choque com o adversário.
As alterações serão válidas na rodada das Ligas Nacionais Masculina e Feminina de Handebol, a partir do dia 5 de agosto. “Adiamos a implantação para que árbitros e treinadores tivessem mais tempo para se adaptar”, afirma Sedrez.
UOL