Dono do clube, o empresário Aurélio Almeida diz que o ex-jogador participou de um boicote que impediu a realização de um amistoso no México, que foi cancelado.
Quatro meses depois de ser contratado, o ex-jogador Muller foi demitido do cargo de técnico do Grêmio Maringá. A demissão foi anunciada pelo empresário Aurélio Almeida no fim da manhã desta sexta-feira (8). Segundo Almeida, o técnico participou de um boicote que impediu a realização de um amistoso internacional contra o Club Indios, no México, que foi cancelado. O ex-atleta não teria enviado ao clube o próprio passaporte, comprometendo a viagem. Os demais membros da comissão técnica, com exceção de Dirceu Matos, também foram dispensados.Muller, que passa férias em São Paulo desde 21 de dezembro, ainda não foi comunicado oficialmente da decisão. Segundo Almeida, ele não atende aos telefonemas do clube há três dias. A decisão de demiti-lo foi tomada às 4h desta sexta, após uma longa reunião entre Almeida e demais pessoas ligadas ao clube.
O dono do clube alega ainda que o técnico se envolveu com um grupo de empresários que teria tentado comprar o clube, sem sucesso, e que também seria o responsável pelo fracasso da viagem ao México. "Ele ficou o tempo inteiro hospedado no melhor hotel da cidade. Foi tratado como rei. Mas se deixou levar por pessoas más e nós preferimos demiti-lo antes que a situação piorasse", falou o empresário. "Ficamos dez dias pedindo o passaporte, mas ele não enviava. Faltou com respeito com a instituição", acrescentou.
O ex-jogador foi apresentado como técnico em setembro e começou a trabalhar um mês depois. Ele dirigiu o clube apenas em um amistoso, contra um combinado de Marialva, cidade vizinha de Maringá. O jogo aconteceria no domingo (10), em Juarez, e foi cancelado porque o time teve uma série de problemas e não conseguiu embarcar. Segundo o empresário, o técnico teria os salários pagos até março - ele receberia R$ 20 mil por mês.
Muller foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.
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