Agendamento
No PS da Avenida Maringá, lavar o chão com sabonete líquido é a regra e o papel higiênico acabou há alguns meses. Não há bucha para lavar material cirúrgico e nem cesto de lixo no banheiro.
Faltam funcionários para atender doentes na recepção e ontem a chefe de enfermagem executava o serviço de acolhimento dos pacientes. Apesar de as consultas serem marcadas de um dia para outro, em média 50 pessoas por dia ficam sem conseguir agendar o atendimento e retornam em dias posteriores para tentar marcar ou conseguir encaixe.
A Farmácia Básica do PS da Avenida Maringá conta com poucos remédios. A dona de casa Cleide de Oliveira, com sua filha Heloisa Vitória, de apenas um ano e quatro meses, contou que a criança está há quatro dias com diarréia e não consegue uma simples pomada para assaduras. “Não tem remédio, falta de tudo. Tenho que marcar exames para saber por que da diarréia de minha filha e fui informada que não há prazo para fazer esse procedimento”.
A dona de casa Célia Aparecida, moradora no Jardim Alvamar, contou que está há vários dias tentando conseguir remédio para pressão e depressão. “Não tem atendimento, não tem remédio e não tem funcionário”, desabafou Célia.
O aposentado Darci Pereira, estava com sua mãe, Maria Silva, de 91 anos, no PS do Independência aguardando transporte para voltar para casa. “Eles (autoridades da saúde) tiraram o médico de família. Antes atendiam em casa. Agora, tenho que procurar vizinhos e amigos para trazer minha mãe no postinho”.
No Posto do Jardim Bela Vista a história se repete. Faltam ataduras, gases e até papel toalha. Pomada para fazer curativos não há. As próprias profissionais de saúde estão limpando chão e as dependências do posto há cinco meses porque não há zeladora para executar o serviço. Atendimento médico para especialidades médicas como pediatria e ginecologia demoram até uma semana depois de agendadas. Outro problema é conseguir o agendamento.
Fonte: O Diário
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