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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Perigo silencioso: Casal de Sarandi morre asfixiado após preparar churrasco em apartamento

Eles trabalhavam em restaurante na capital Portuguesa; as mortes ocorreram no último dia 2

A cozinheira Tânia Regina Ribeiro, 29 anos, e seu companheiro Roberto Lima, 49, ambos de Sarandi, foram encontrados mortos, terça-feira (2), no interior de um apartamento localizado na periferia de Lisboa, em Portugal. As suspeitas iniciais são de que o casal tenha morrido asfixiado pela ingestão acidental de monóxido de carbono, um tipo de gás inodoro (sem cheiro) e de alta toxicidade liberado pela combustão de carvão e outros materiais ricos em carbono.

Um churrasco, feito dentro de um apartamento fechado, teria sido a causa do acidente. A morte do casal foi confirmada no final da tarde desta sexta-feira (5) pela dona de casa Cassilda Batista Ribeiro, 54 anos, de Sarandi, mãe de Tânia, que viajou em novembro passado para Lisboa. Lá, ela se encontrou com Roberto que, desde janeiro de 2009, trabalhava em um restaurante na capital portuguesa.

De acordo com informações colhidas com outros brasileiros que trabalham em Lisboa, Cassilda contou que Tânia e Roberto teriam aproveitado do dia de folga para fazer um churrasco dentro do apartamento onde moravam. No entanto, devido ao frio rigoroso em Lisboa, o casal manteve o imóvel inteiramente fechado e acendeu uma churrasqueira improvisada na cozinha.

Ainda de acordo com a dona de casa, a morte do casal só foi percebida no dia seguinte, depois de colegas estranharem suas ausências no restaurante onde trabalhavam, situação incomum, já que nunca haviam faltado ao serviço. “Eles (colegas) foram ao apartamento e encontraram minha filha com a boca cheia de espuma e ele (Roberto) coberto de vômito, já mortos”, disse Cassilda.

Desempregada e cuidando dos três filhos de Tânia – um menino de 11 anos e duas meninas de 7 e 9 anos – Cassilda disse que não sabe como vai tocar a vida daqui para frente, uma vez que Tânia sempre se responsabilizou pela manutenção da casa. “Todos os meses ela enviava dinheiro para a gente” diz ela, ressaltando que os netos querem, a todo custo, ver o corpo da mãe. “Trazer o corpo dela custa R$ 15 mil. A casa onde moramos vale R$ 30 mil, mas não vai dar tempo de vender. Eu preciso de ajuda.”

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