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     Aquele que crê possuir a verdade erra em não se preocupar em procurá-la.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Roubo de cabelo, os bloguistas tinham razão

Os bloguistas, Hilário Gomes, Gauchão, Mineirinho, Reginaldo (Sonambulo) e João Cidadão procuraram investigar este caso. Mas, no velório da moça, fomos barrados por uma mulher que se dizia amiga da falecida. Desconfiados, os bloguistas acabaram postando matérias a respeito em seus blogs para provocar a situação. Veja o que diz o'Diário:

A Procuradoria Jurídica do Município, já instaurou sindicância para apurar os fatos. Os cabelos furtados da vítima foram entregues na tarde desta sexta-feira (12) à Polícia Civil para instauração de inquérito.

De acordo com o delegado José Maurício de Lima Filho, o fato teve início na tarde de domingo (7) depois de a costureira M.F.R., que há anos passava por uma grave crise depressiva, ingerir grande quantidade de medicamentos de uso controlado (tarja preta). Como morava sozinha, a costureira foi socorrida, horas depois, por duas amigas e encaminhada para o Pronto-Socorro Municipal (PSM).

Diante do grave estado de saúde da paciente, que apresentava pressão arterial elevada, taquicardia e dispnéia (falta de ar) e outros sintomas, a equipe médica tentou transferi-la para o Hospital Metropolitano, mas foi informada de que não havia leito disponível. Apesar de empregar todos os meios e recursos disponíveis, os médicos do PSM não conseguiram reverter o quadro e a costureira acabou falecendo às 21 horas de segunda-feira (8).

Momentos após a morte, duas enfermeiras – Maria de Fátima Oliveira e Teresa Maria de Assis dos Anjos - teriam flagrado a auxiliar de enfermagem M.P.S., escondendo várias mechas de cabelos dentro de uma bolsa. Após verificar que os cabelos haviam sido cortados da paciente, as enfermeiras fizeram a denúncia à direção do PSM que, por sua vez, apreendeu as mechas – amarradas separadamente com pedaços de luvas cirúrgicas – e informou o prefeito Milton Martini (PP), que determinou a instauração de sindicância para apurar os fatos.

O delegado José Maurício de Lima Filho só tomou conhecimento da denúncia na tarde de quinta-feira (11) e, de imediato, determinou que a prefeitura entregasse as provas do crime na delegacia, além de detalhes da denúncia formalizada pelas duas enfermeiras que testemunharam o fato. O pedido foi atendido na tarde de ontem pelo advogado Alexandre Lincoln Cobra de Carvalho, que responde pela Procuradoria Jurídica do Município.

Primeiro a ser ouvido pela polícia, o tio de M.F.R., o microempresário Paulo Roberto Lucas, 48 anos, confirmou que ficou sabendo que sua sobrinha havia tido os cabelos cortados durante o velório, mas para preservar a esposa, que estava transtornada, preferiu não acreditar no que estavam dizendo. No entanto, Paulo disse que aproveitou de um momento em que ficou sozinho ao lado do caixão para checar os cabelos da sobrinha, que mediam cerca de 50 centímetros de comprimento. “O pouco que puxei media apenas uns seis centímetros”, afirmou ele.

Ainda de acordo com microempresário, um funcionário da funerária chegou a oferecer para levantar o corpo, mas ele preferiu “deixar quieto”, por entender que seria um sofrimento a mais para a família. No entanto, logo após ser informado de que os cabelos estavam apreendidos, ele mudou de opinião. “Tem que punir mesmo. Onde já se viu fazer isso com uma pessoa morta?”, desabafou ele.

A reportagem tentou ouvir a versão da auxiliar de enfermagem acusada, mas ela não apareceu para trabalhar na tarde desta sexta. Funcionários do PSM disseram que não tinham autorização para fornecer seu endereço ou telefone. Ela será interrogada na próxima semana.

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