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segunda-feira, 22 de março de 2010

Afinal... O que é o Socialismo Comunitário?

As teorias socialistas apresentavam um projeto de reconstrução da sociedade em bases comunitárias e promovia formas associativas de vários gêneros (sindicais, políticas, experiências cooperativas e comunitárias) para realizar as novas idéias.

O Socialismo Comunitário ou guild-socialism , de inspiração prouhodiana foi um movimento político-ideológico marcantes das correntes pluralistas surgidas nos movimentos trabalhistas ingleses dos século XIX.

O socialismo “continua ser uma tradição ideológica fértil e adaptável, que reflete, neste século, um modo extremamente importante de auto-compreensão humana e aspiração moral”.

O socialismo comunitário não coloca nenhuma dificuldade nem impedimento, pelo contrário, abre mais os caminhos para isto. Mas não será fácil o caminho, pois será imprescindível o Estado se dispor do princípio da “descentralização” para sua operacionalidade.

Existem problemas complexos como os da aplicação do regime autônomo nos seus diferentes níveis. Deverá ir pausadamente. Talvez o método seja o da prova-erro-prova, até encontrar o adequado.

Neste sentido resgatamos o conceito de Marx da revolução permanente, longe, evidentemente, da interpretação trotskista que a entendeu como exportação da revolução. Porém, antes de tudo, é preciso não complicar-se na aplicação dos elementos secundários, simbólicos, e sim nos que fazem a estrutura, como a liquidação do latifúndio, por exemplo.

Assim, o capitalismo de Estado ou "socialismo" de Estado põe o fetiche estatal no lugar do fetiche econômico. Como modo de civilização, o capitalismo de Estado substitui a política e a sociedade civil pelo Estado ampliado. Esta estatização da política e da sociedade civil agencia um modo de civilização freudiana. A repressão do desejo social é a principal característica da civilização do capitalismo de Estado.

Para concluir, está o tema da condução do processo e de sua transformação num socialismo comunitário. Entretanto, é preciso basear-se em estruturas sólidas, com objetivos e concepção elaborada e provada pela prática revolucionária universal, alheia à improvisação e à espontaneidade para que a justiça social seja posta em prática e não teorizada apenas.

Compilação Bibliográfica por Allan Marcio Vieira da Silva

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