Três dos 13 municípios da Região Metropolitana de Maringá (RMM) encolheram, em termos populacional, até 31% nas duas últimas décadas, e o diagnóstico do Observatório das Metrópoles — núcleo de estudos da Universidade Estadual de Maringá — não é dos melhores: caso não haja política de geração de renda, quem está encolhendo tende “a ser riscado do mapa”.
Entre 1991 e 2009, as cidades de Doutor Camargo, Iguaraçu e Itambé ficaram com as ruas menos movimentadas. A queda mais brusca foi a de Iguaraçu, que em 1991 contava com 5.691 moradores. No ano passado, o município tinha apenas 3.907 habitantes, sofrendo um recuo de 31,3%, segundo a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de registros de nascimentos em Iguaraçu também não anima. Em 2008, dado mais recente disponível no IBGE, foram registrados 40 nascimentos, o menor número em quatro anos. O que os estatísticos chamam de “crescimento vegetativo”, que é a diferença entre mortes e nascimentos, foi pequeno. No mesmo ano em que nasceram 40, a cidade registrou a morte de 20 moradores.
A socióloga Ana Lúcia Rodrigues, coordenadora do observatório, diz que a salvação das pequenas cidades depende de uma política voltada para distribuir empresas pela região. “Do jeito que está, a tendência é essa mesmo: quem está encolhendo, vai continuar assim até desaparecer. A taxa de natalidade vem caindo em todo o País e as pequenas cidades não contam com apoio para receberem empresas”, diz.
Estudo realizado pelo observatório no ano passado em Doutor Camargo, constatou que para o município zerar o desemprego seriam necessários apenas mais 200 postos de trabalho. Ele contava, em 2009, com 5.753 moradores — 199 a menos que há duas décadas. O crescimento vegetativo foi de apenas cinco habitantes em 2008, com o registro de 43 nascimentos, contra 38 mortes.
“Imagine que você resolveria completamente o problema do desemprego na cidade com uma empresa que contratasse 200 moradores. O problema é que não há uma estrutura na região para atrair empresas e distribuí-las entre as cidades”, diz a socióloga.
Itambé perdeu 87 moradores em quase duas décadas. Em 2009, o município contava com menos 1,4% da população de 1991. Diferença que parece pouca, mas mostra que a cidade está estagnada. Em 2008, o crescimento vegetativo ficou com saldo positivo de nove moradores, com o registro de 49 nascimentos, ante 40 mortes.
Crescimento elevado
Enquanto há cidades ameaçadas de “extinção”, em outras o problema é falta de estrutura para absorver um grande crescimento populacional. Sarandi, município que faz limite com Maringá, foi quem mais cresceu nos últimos 18 anos: 76%. Uma explosão populacional que ficou acima da capacidade do município de assegurar a infraestrutura necessária.Continue lendo no site de O Diário.
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