A Prefeitura de Maringá mantém a intenção de construir um Centro Cultural no lugar da antiga rodoviária, com biblioteca, teatro, cinema, salas de música e dança entre outras atividades. Mas antes demolir e construir outra edificação, a administração terá que aguardar a decisão judicial de ação que envolve a prefeitura e 56 condôminos. A desapropriação já foi autorizada pela Justiça, mas agora começam as discussões por conta do valor da indenização aos condôminos.
Enquanto o processo judicial se arrasta desde 2007, quando a prefeitura interditou a antiga rodoviária após o desabamento de uma estrutura de metal durante um temporal, a administração municipal pensa em um projeto para o local.
Em dezembro de 2009, foi cancelada a concorrência para contratação de empresa para demolir o prédio e construir um novo empreendimento. “Fizemos a licitação para a contratação de propostas para a área. Não seria apenas uma proposta arquitetônica, mas empresarial também”, conta o secretário municipal de Planejamento Urbano, Jurandir Guatassara Boeira, explicando que o processo de licitação foi cancelado porque houve mudanças importantes. “O edital de licitação não fazia mais sentido porque previa a participação de todos os proprietários. Com a desapropriação, a licitação foi cancelada”, explica.
Na época, duas empresas – uma de Curitiba e um consórcio de empresas maringaenses – apresentaram projetos. Com o cancelamento, hoje um processo licitatório começaria do zero. “Qualquer empresa pode participar, inclusive as duas que já apresentaram projetos. Quanto mais empresas se interessarem, melhor”, afirma Boeira.
Na semana passada, o perito judicial Miguel Daux Neto entregou à 4ª Civil de Maringá o laudo de avaliação da rodoviária para o pagamento de indenização aos antigos proprietários. A eles, correspondem R$ 5,36 milhões dos R$ 9,6 milhões que vale o imóvel segundo a perícia. A prefeitura é proprietária de parte da área. Os comerciantes, porém, contestam as indenizações – que variam de R$ 7 mil a R$ 662 mil – e prometem recorrer. Enquanto o juiz Alberto Marques dos Santos, da 4ª Vara Cível, não der a sentença final, nada poderá ser feito na antiga rodoviária.
Fonte: O Diário
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