"A mulher voltou mais cedo, entrou no quarto e viu, para a sua decepção, seu marido aos beijos e abraços com outra. Era uma conhecida sua e de longa data. Desesperou-se e pensou em agir de forma violenta. Ponderou um pouco e saiu de perto. Em outro ambiente da casa se pôs a pensar. O quanto ganharia e o quanto perderia no episódio denunciando-o ou ignorando-o? Afinal seu companheiro era muito respeitado no meio e ela, como esposa dele, também era tida como referência social.
Depois de longa reflexão concluiu que o melhor seria ignorar. Romper com o relacionamento significaria perder a forma de vida que levava. E os filhos, como fazer? Como tirá-los daquele modo de viver que tanto gostavam? Precisava fazer uma opção. Pesou na balança e resolveu se omitir.
Retirou-se sem fazer barulho. Esperou a amante do esposo sair e voltou para casa. Ele estava tomando banho. Aguardou e quando ele saiu do banheiro beijou-o como se nada tivesse acontecido e perguntou: 'o que quer para o jantar?' Ele respondeu: 'qualquer coisa, gosto do que você faz'."
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Conveniência, a palavra do momento. Engolir sapo, a expressão da hora. Sorrir para não chorar. Fingir que não vê, para não ter que agir...
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Depois de longa reflexão concluiu que o melhor seria ignorar. Romper com o relacionamento significaria perder a forma de vida que levava. E os filhos, como fazer? Como tirá-los daquele modo de viver que tanto gostavam? Precisava fazer uma opção. Pesou na balança e resolveu se omitir.
Retirou-se sem fazer barulho. Esperou a amante do esposo sair e voltou para casa. Ele estava tomando banho. Aguardou e quando ele saiu do banheiro beijou-o como se nada tivesse acontecido e perguntou: 'o que quer para o jantar?' Ele respondeu: 'qualquer coisa, gosto do que você faz'."
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Conveniência, a palavra do momento. Engolir sapo, a expressão da hora. Sorrir para não chorar. Fingir que não vê, para não ter que agir...
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Foi mais ou menos assim que agiram algumas pessoas no episódio mais comentado da política sarandiense, o julgamento político e cassação do ex-prefeito Milton Martini, uns preferiram se calar, outros preferiram se "ausentar" de suas atividades políticas, e hoje vivem dando pedradas naqueles que, embora hoje na visão do omisso, estejam errados, porém no passado não foram omissos e foram para a luta contra a corrupção.
Caminhamos muito, pois tinhamos um rumo, ao contrário de muitos, que por falta de coragem de caminhar, deitaram-se sobre o muro e assistiram de camarote a luta, sem importar-se com quem iria perder, pois estando no muro, ele mesmo, nada perderia.
O omisso muito fala sobre os que ao seu ver "venderam-se", porém nada fala do fato de ele mesmo, o omisso, ter tentado vender o que ele mesmo criou, para o que é e foi cassado. Não seria isto prostituição política?
A máscara caiu sim, mas quem a tinha era o omisso, que mostrou-nos que tinha somente uma atitude: a conveniência.
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