Hans Christian Andersen, contista dinamarquês, criou uma estória onde um Rei muito vaidoso acabou sendo vítima de dois grandes espertalhões que o convenceram a desfilar com roupas inexistentes, sob a ardilosa alegação de que o tecido que usavam na confecção das vestes reais só poderia ser visto por pessoas inteligentes.
O Rei e todos que com ele trabalhavam se sentiram constrangidos em admitir que o tal tecido mágico lhes era invisível, pois tal atitude equivaleria a assumir sua própria ignorância. Assim, o Rei saiu pelado pelas ruas e o povo - informado sobre a invisibilidade do tecido aos menos inteligentes - preferiu elogiar as vestes inexistentes do que admitir sua inferioridade.
Assim, a única exceção foi uma criança que – na pureza de seus sentimentos –, exclamou, surpreendida: ”O rei está nu!” E só sim as demais pessoas acreditaram naquilo que seus olhos viam.
Temos, nas redondezas, alguns prefeitos um tanto quanto vaidosos. Ao seu redor, um grande grupo que teme contrariá-los, até porque eles (os prefeitos) se (re)vestem com um tecido mágico que lhes dá uma enorme popularidade fictícia, que ninguém tem a coragem de não enxergar. Como também não enxergam os prefeitos qualquer irregularidade dentro de seus governos.
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