Prefeito Carlos de Paula vai organizar fórum para discutir sobre o lixo

Cerca de duzentos moradores de Sarandi fizeram um protesto ontem, diante da prefeitura e na sessão da Câmara Municipal, para reivindicar a suspensão da taxa de coleta de lixo, a reestatização do aterro sanitário e contra a recepção de lixo de outros municípios. O movimento foi organizado pelo Comitê de Lutas e pelo Movimento Contra a Vinda do Lixo. O prefeito Carlos Alberto de Paula Júnior (PDT), diz que vai organizar um fórum nos dias 28 e 29 de abril para debater a questão do lixo com a população.

"Queremos que a prefeitura recicle o lixo, mas por meio de uma empresa pública. Não queremos uma coisa mirabolante de queima de lixo", diz o vereador Aparecido Biancho (PT), um dos organizadores do protesto.

Os manifestantes protocolaram um requerimento administrativo na prefeitura pedindo a retomada, sem indenização do serviço público de destinação final do lixo, bem como a suspensão da cobrança das taxas de coleta, destinação final do lixo e limpeza pública. Em seguida, os manifestantes foram à Câmara onde entregaram um abaixo-assinado com quase quatro mil assinaturas. Eles querem que as reivindicações sejam transformadas em lei. 

Por ser um abaixo-assinado, a proposta se transforma automaticamente em projeto de lei e vai tramitar nas comissões permanentes do Legislativo para então ser apreciada pelos vereadores. A população pressiona para que seja aprovado.

O prefeito de Sarandi classifica o movimento como uma manifestação política. "O que me assusta é que a privatização do aterro foi feita pelo então prefeito Cido Spada (PT) em 2007. Eles privatizaram e agora querem que eu estatize", critica.

De Paula diz que na audiência pública que prepara para abril, quer debater três questões com a população: reciclagem de lixo para gerar renda; diminuição do passivo no aterro sanitário; e redução de custos que o município tem com a destinação final do lixo.

Fonte: PDT Online