Quanta ironia ...

Sarandi abre guerra contra o lixo clandestino

O secretário de Meio Ambiente destaca que o município recolhe o lixo e o deposita em local apropriado

A Prefeitura de Sarandi vai combater o surgimento de lixões a céu aberto e pede o apoio da população para denunciar qualquer pessoa ou empresa que deposite resíduos irregularmente.

A destinação irregular de resíduos sólidos pode resultar em multa pela prefeitura, ação no Ministério Público do Meio Ambiente e denúncia junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Pelotão Força Verde, da Polícia Militar.

Desde que o município disciplinou a destinação de resíduos, com o lixo doméstico sendo encaminhado para um aterro particular e os restos de construção para aterros licenciados em Maringá, há dois anos, aumentou a quantidade de lixões a céu aberto, tanto em terrenos baldios, quanto nas margens de algumas ruas de bairros periféricos, que recebem diariamente toneladas de entulhos, galhadas, sofás velhos, peças de veículos e até animais mortos, para o desespero de quem mora na vizinhança.

Um dos pontos mais críticos é uma área ao lado do Jardim Tropical e Parque Alvamar II, onde uma loteadora de Maringá pretende criar o Jardim Rio de Janeiro.

O local, que antes tinha uma plantação de soja, desde o ano passado tornou-se o ponto principal para o descarregamento de restos de materiais de construção. A qualquer hora do dia, carroças, caminhonetes e até caminhões chegam para jogar entulhos, galhadas, sofás velhos e outros tipos de lixo.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Del Nero, disse que a prefeitura faz a limpeza dos lixões e vai agir com rigor contra quem insistir em depositar lixo nessas áreas.

Segundo ele, essa forma de destinação constitui crime ambiental punido pela Justiça com multas pesadas. Nesta semana, por exemplo, foi limpa a margem da Avenida João Marangoni.

"Agora esperamos que as pessoas tenham consciência e não voltem a depositar lixo naquele local". Segundo Del Nero, "a coleta de lixo pela prefeitura é feita em todos os bairros e não há razão para que as pessoas façam descarte em terrenos baldios, causando problemas para vizinhos e prejudicando o meio ambiente".

Os restos de construção devem ser encaminhados para aterros licenciados de Maringá.

O secretário lembra que a denúncia, tanto junto à Secretaria de Meio Ambiente, quanto ao Ministério Público, é uma forma de combater esse tipo de crime.

Nesta semana, por exemplo, um lava rápido foi autuado em flagrante por descartar em um terreno baldio lodo com óleo diesel, graxa e outros produtos prejudiciais à natureza.

Matéria de O Diário do Paraná em Julho/2010