Os crimes contra as pessoas praticamente dobrara em Maringá e região nos últimos três anos. Segundo dados da Secretaria de Segurança do Paraná, esse índice pulou de 2.795 casos em 2007 para 5.156 casos no ano passado, sendo que em 2008 foram registrados 4.043 casos. Maringá e Região Metropolitana ocupam hoje a sétima colocação no ranking desse tipo de crime, ficando a apenas 31 ocorrências de diferença para Foz do Iguaçu, a sexta região do ranking.
Na opinião do chefe da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, Marcio Amaro, há diversas possibilidades para esse aumento nos índices. Uma delas pode ser explicada pela ação dos Juizados Especiais para difamação, calúnias ou ameaças, que equivalem à metade dos casos, além das denúncias de lesões corporais, feitas principalmente pelas mulheres.
“Um dos motivos para isso (aumento dos índices) pode ser explicado pela agilidade nos tribunais. Alguns crimes não precisam passar por todo o processo de abertura de inquérito, por exemplo, e são resolvidos em pouco tempo. Além disso, com a implantação da Lei Maria da Penha, as mulheres, principais vítimas da violência doméstica, passaram a registrar queixa, e isso se reflete na sociedade”, afirmou.
Entre as regiões com maiores índices de violência contra as pessoas estão Curitiba, com 26.730 casos, e São José dos Pinhais, com 22.651 casos. Londrina registrou 8.365 ocorrências no ano passado. No Estado todo foram registrados 129.033 crimes contra as pessoas no ano passado contra 91.900 em 2007. Na região de Maringá os casos mais numerosos são referentes a ameaças e injúrias (3.092), sendo que as lesões corporais e a violência doméstica respondem por 918 casos registrados somente no ano passado.
Essa tendência de violência reflete o aumento do consumo de drogas, principalmente de crack. Apesar de manter uma média de 664 roubos e 4.626 furtos registrados no último ano, o perfil dos assaltantes teve algumas alterações. No Estado, foram registrados 9.866 furtos e 30.004 roubos no ano passado e 29.302 em 2007.
Amaro cita um estudo feito pela Segurança indicou que os jovens que utilizam as drogas deixaram um pouco de lado os furtos mais arriscados, como invadir uma casa ou roubar aparelhos de CD dos carros (apesar dos números altos) e passaram a agir diretamente contra o cidadão. “Eles passaram a roubar as pessoas que estão transitando pelas ruas, em uma ação mais rápida”, disse.
Fonte: O Diario
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